A finales de los años 50´¨ en la ciudad de Río de Janeiro │ Brasil, se produjo todo un fenómeno cultural y artístico que tuvo su origen principalmente en una nueva percepción musical, rítmica, armónica y/o creativa de un grupo de adolescentes de classe média.
Entre eles, destacou-se desde o início um jovem músico baiano autodidata, praticamente desconhecido, chamado João Gilberto Prado Pereira de Oliveira.
João Gilberto com seu talento excepcional, filtrou e sintetizou as partes essenciais do Samba tradicional, atingindo a forma mais minimalista e intimista possível. E só com sua voz suave e seu violão ele criou um ritmo novo, desconhecido e transgressor.
Uma verdadeira magia musical que é ao mesmo tempo extremamente sofisticada e simples. Nasce a Bossa Nova .
Na verdade, basicamente a Bossa Nova foi e é uma forma nova e diferente ( bossa ) de interpretar e/ou tocar samba.
Historicamente, foi em 10 de julho de 1958 quando João Gilberto entrou nos estúdios cariocas da gravadora Odeon, para gravar uma composição de samba-canção de Antônio Carlos Jobim & Vinícius de Moraes, chamada " Chega de Saudade ", " Chega de Nostalgia ".
Essa gravação de apenas 1'59'' mudaria tudo na Música Popular Brasileira (MPB), influenciando posteriormente outras músicas, principalmente o Jazz.
Dentro das microranhuras da lateral (A) do lendário vinil de 78 rpm. com o número de série 14.360, a fórmula mágica desse novo ritmo ficaria gravada para sempre:
“Samba tradicional + sequência harmônica de acordes dissonantes + ritmo (balanço) no tempo + excêntrico + silêncio .”
Naquele 10 de julho de 1958 nascia oficialmente a Bossa Nova , mais que uma música, definida como “ um estado de espírito ” pelo inesquecível músico Johnny Alf, eterno “ Rapaz de Bem ”.
Há algumas semanas foi comemorado o 64º aniversário da origem daquela música extraordinária que nasceu na zona sul do Rio de Janeiro e depois seduziu e conquistou o mundo.
Nestes tempos frenéticos: - Onde surgem continuamente novos ritmos, tendências, estilos, modas e/ou estéticas musicais de todos os tipos e condições.
- Onde o marketing feroz, frio e calculista das principais gravadoras mundiais tem como único e principal objetivo aumentar (quanto mais melhor) o volume de vendas. - Onde o consumismo puro luta em concorrência cruel com a mesma mediocridade das outras “marcas” musicais.
- Onde as principais editoras discográficas perderam (talvez definitivamente) o sentido e a filosofia do bom gosto, sempre baseado na música de qualidade, etc...
A Bossa Nova , pela sua extrema qualidade e beleza, continua emocionando o mundo, mostrando com orgulho que meio século não é nada, que está acostumada a sobreviver à rotina e às modas comerciais agressivas, porque é mais que música...!
A Bossa Nova é eterna, porque vive no coração de milhares de músicos e “Desafinados” dos cinco continentes.
PS ► Este post foi editado originalmente no Blog vintage do Bossa Nova Clube (03.07.2009)
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